Belém-PA, 28 de agosto de 2019.
O conceito de Sínodo pode ser definido como “caminhar juntos”. Este conceito está nutrindo o trabalho pré-sinodal. Assim, os participantes desta reunião sentem a necessidade de aprofundar o tema, através um esforço conjunto.
O documento já preparado, “Instrumentum laboris”, orienta a reflexão atual durante todas as atividades. Iluminam, ainda, os questionamentos do Papa Francisco:
- – como relançar a Igreja da Amazônia?
- – como consolidar o rosto amazônico dos indígenas?
- – como formar o clero autóctone?
Tentando encontrar respostas para tais questionamentos, Confirmam-se então as três dimensões de nossa reflexão:
- A voz da Amazônia
- Ecologia integral: o clamoroso da terra e dos pobres
- Igreja profética na Amazônia: desafios e esperanças.
Fundamentando as reflexões nos sentidos bíblico, teológico e pastoral, são lembradas também as questões sociais, principalmente do povo nativo: indígenas, ribeirinhos, caboclos etc.
As queimadas, ampliações irregulares das fazendas, garimpo selvagem, madeireiras clandestinas são atividades que geram muita tristeza. Os que se enriquecem com tais atuações, em nenhuma hipótese, não partilham o lucro com o povo. São poucos que enriquecem, mas tem crescido cada vez mais o número de pobres na Amazônia e no Brasil. A Igreja não pode se omitir ao observar esse cenário, pelo contrário, olhando para a opção preferencial pelos pobres, deve tomar a atitude dos profetas que têm a tarefa de anunciar o Evangelho, bem como denunciar as desigualdades sociais.
Neste contexto, os Bispos Sinodais colocam em relevo a importância da Religião na vida de todas as pessoas, como uma forma de religar o coração humano ao coração de Deus.
Que Maria, Rainha da Amazônia, leve a conversão a todos, especialmente aos poderosos, para que o povo nativo simples possam experimentar a alegria de uma vida digna.
Que o Espírito Santo nos ilumine, para que se realize em nós a vontade de Deus.
Romualdo Matias Kujawski
Bispo Diocesano de Porto Nacional-TO
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