Os santos são pessoas que tiveram uma vida correta e justa nesta terra e são colocados pela Igreja como exemplo para nós de vida cristã, da prática de alguma virtude especial, e são invocados, assim como Nossa Senhora, como nossos intercessores junto de Jesus Cristo, o único mediador entre nós e o Pai eterno.
Os santos fazem a glória da Igreja, e são milhares e milhares. Conhecemos alguns por nome, respeitados por todo o mundo, mesmo pelos não católicos e não cristãos: quem não respeita e admira a santidade de um São Francisco de Assis, a ciência de um Santo Agostinho, um São Jerônimo e um Santo Tomás de Aquino, a firmeza de São Sebastião, a pureza de Santa Inês e Santa Cecília, a candura de Santa Teresinha do Menino Jesus, a caridade de Santa Teresa de Calcutá e de Santa Dulce dos Pobres, etc. É o Espírito Santo, presente na Igreja, que cumpre a promessa de Jesus: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28, 20).
Santo Amaro – cuja festa celebramos no dia 15 – é objeto de grande devoção em nossa região devido à presença dos monges beneditinos que foram os valorosos missionários da zona rural de Campos dos Goytacazes, em cujo município se situa o célebre Mosteiro de São Bento, em Mussurepe. Santo Amaro, ou São Mauro, foi monge e abade beneditino, ou seja, da Ordem de São Bento. Nascido em Roma, de família senatorial, Amaro, quando tinha apenas doze anos, foi entregue no mosteiro por seu pai, Egrico, homem ilustre pela virtude e pela nobreza do nascimento, confiando-o aos cuidados de São Bento, em 522. Santo Amaro foi fiel ao seu ideal monástico, a ponto de todos o considerarem o perfeito herdeiro espiritual de São Bento. Sendo enviado à França, lá fundou o Mosteiro de Glanfeuil, em Anjou, vindo a falecer em 15 de janeiro de 584.
Dia 20 celebraremos São Sebastião. Foi soldado romano, chegando a ser Comandante da Guarda Pretoriana, durante o reinado de Diocleciano, um dos mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos. Foi denunciado ao Imperador como sendo cristão. Mesmo sendo um bom soldado romano, suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, diante de todos, confessou bravamente sua convicção. Foi acusado, então, de traição. Na época, o imperador tinha abolido os direitos civis dos cristãos. Por não aceitar renunciar a Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de árvore e flechado. Suas relíquias repousam sobre a Basílica de São Sebastião, na via Apia, em Roma. O Papa Caio escolheu-o como defensor da Igreja e da fé. São Sebastião torna-se um grande modelo de ajuda para nós hoje, principalmente aos jovens, envoltos em grande confusão moral e espiritual. Ele é um sinal de fidelidade a Cristo mesmo com as pressões contrárias.
Dia 21, celebraremos Santa Inês, virgem mártir dos primeiros séculos da Igreja, protetora das jovens cristãs que querem guardar a fé e a pureza.
Dia 24, celebramos São Francisco de Sales, protetor de quem quer guardar a mansidão.
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
São João Maria Vianney