VATICANO

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REGIÃO NORTE 3

Sobre uma barca luminosa, a Virgem Maria

Desde o primeiro ano da fundação do mosteiro de Deir Al-Maghti no Baixo Egito, no sétimo século, os monges reunidos, na Igreja, viram uma coluna de luz aflorar no altar, transformando-se numa barca luminosa que transportava a Virgem, anjos, santos (especialmente, os apóstolos e os santos cavaleiros, Teodoro, Jorge e Mercúrio), assim como os inocentes exterminados sob as ordens de Herodes.

Sob o pedido da Virgem, para que os monges associassem o povo a este milagre, uma peregrinação foi organizada. Ela teve a duração de cinco dias, espalhando-se por imensos acampamentos, contando com peregrinos egípcios, etíopes, maronitas, gregos, nestorianos, latinos e até mesmo, muçulmanos. Os fieis adotaram, como costume, lançar seus turbantes e lenços sobre a cúpula da Igreja, no momento da aparição e, muitas vezes, a Virgem tocava um ou outro. Cada um deles podia, além disso, pedir e obter a graça de ver, comprimidos, em torno da Virgem Maria, em meio à multidão, os falecidos parentes ou pessoas que lhes eram próximas, como se estivessem vivos.

As aparições do mosteiro d’Al-Maghti tornaram-se muito conhecidas, também na Etiópia, graças ao Livro dos milagres de Maria, e foram mencionadas no sinaxário etíope, na data de 21 genbot/21 bachnas (29 de maio). Segundo o Livro dos milagres, confirmado pelo geógrafoAl-Maqrîzî (morto em 1441), o mosteiro foi destruído em 1438, durante o ramadam, sob a ordem do sultão mameluco Barsbay al-Malik al-Ashraf Sayf ad-Dan.

Padre René Laurentin

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